quarta-feira, 13 de abril de 2011

Doping Genético

O programa SporTV Reporter (Canal Fechado SporTV) transmitiu uma matéria relacionado ao Doping Genético,  assunto que vem sendo discutido há algum tempo no meio científico/esportivo e que tende a ganhar espaço cada dia mais.
De Acordo com a World Anti-Doping Agency (WADA) o doping pode ser compreendido como a utilização de substância ou método que possa melhorar o desempenho esportivo e atente contra a ética esportiva em determinado tempo e lugar, com ou sem prejuízo à saúde do esportista.
Doping genético pode ser definido como a utilização para fins não terapêuticos de células, genes, elementos genéticos, ou de modulação da expressão genética, que tenham a capacidade de melhorar o desempenho esportivo (WADA, 2003).
Atualmente este tema surge em cena com muita força e trazendo grande preocupação aos membros da WADA, comunidade esportiva em geral e organizadores de eventos como: Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de Londres e Rio de Janeiro.
A Terapia Gênica consiste na inserção de genes funcionais em células com genes defeituosos, para substituir ou complementar esses genes causadores de doenças. Atualmente é utilizado na pesquisa de diversas doenças, entre elas as distrofias musculares. Especificamente no esporte, a terapia gênica trilha um caminho promissor na recuperação de diversos tecidos fibro-cartilaginosos com baixa capacidade de regeneração, tais como ligamentos, meniscos, tendões, entre outros.
Diferentemente do objetivo da terapia gênica, que consiste em alterar um gene para obter a cura como resultado, o doping genético não requer exatamente a modificação em um gene específico, pois há muitos genes que, se modificados, podem levar ao aumento do desempenho esportivo. Aliado a isso existem relatos de pesquisadores que vêm sendo procurados com relativa freqüência por treinadores e membros de equipes esportivas das mais diversas modalidades, afim de “criar” um novo legado de atletas geneticamente mais favorecidos.
Entre os diversos genes candidatos ao doping genético, podemos citar alguns:
  • Eritropoietina - melhora as trocas gasosas e aumenta a resistência dos atletas
  • IGF-1 (fator de crescimento 1) - atua no aumento de massa muscular
  • Miostatina - aumento notável de força e massa muscular
A maior dificuldade da WADA será na detecção e percepção de novos genes que dificultarão o antidoping genético.
Portanto ficam algumas perguntas pendentes:
Como a WADA poderá punir algo que ainda não se pode provar??
A terapia gênica poderá contribuir com a melhora da qualidade de vida em pessoas normais?
Para finalizar esta postagem  posso dizer a todos,  que a terapia gênica certamente é um importante passo para a evolução do ser humano, entretanto é importante dizer que, havendo melhora do rendimento esportivo, certamente o doping genético será tão errado quanto qualquer forma de doping tradicional.
Um abraço à todos
Denis



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